Evangelico Neymar Campeão, sua intimidade e conquistas
Neymar é um fenômeno desde cedo. Aos 14 anos, foi fazer uma espécie de estágio no galático time do Real Madrid, na capital espanhola, que tinha no elenco craques como Ronaldo e Robinho e o francês Zidane.
A experiência acabaria por transformá-lo em um adolescente milionário. Sob o risco de perder seu futuro craque, a diretoria do
Santos entrou em ação: pagou R$ 1 milhão ao jogador para que ele permanecesse nas categorias de base do clube. “Acertamos o valor e o pai do Neymar ligou para o filho pedindo para ele voltar ao Brasil”, diz Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos. “Fui tachado de louco.” Com o dinheiro, a família comprou o primeiro imóvel, um apartamento ao lado da Vila Belmiro, em Santos – que, dois anos atrás, foi trocado por uma cobertura triplex avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão. Quando o jogador ainda não ganhava o suficiente para sustentar a família, ele, o pai, a mãe e a irmã moravam em um cômodo na casa da avó, na periferia de São Vicente. À medida que o adolescente crescia, o nível de vida da família melhorava. Aos 15 anos, Neymar ganhava R$ 10 mil por mês. Aos 16, R$ 25 mil. Aos 17, quando virou titular no time principal do Santos, vieram os primeiros patrocínios. Em abril de 2011, já como estrela da Seleção e um dos principais garotos-propaganda da televisão brasileira, adquiriu, por R$ 4 milhões, uma mansão no condomínio Jardim Acapulco, no Guarujá.
O salário atual de R$ 160 mil é baixo para os padrões brasileiros – Rogério Ceni, ídolo do São Paulo, recebe R$ 300 mil por mês; Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo, R$ 700 mil. A diferença é que nenhum deles é capaz de atrair tantos patrocinadores quanto Neymar, que tem cinco contratos de publicidade vigentes (leia quadro ao lado). Sua imagem e seu potencial são tão fortes que empresas como a Nike querem tê-lo por perto durante muito tempo. O craque recebe cerca de R$ 1 milhão por ano da fabricante de materiais esportivos e o contrato vale até 2022, quando ele terá 30 anos. Detalhe: o valor pode ser multiplicado. Uma cláusula prevê remuneração para títulos conquistados e convocações para a Seleção Brasileira – algo que, convenhamos, deve acontecer com frequência. Se uma empresa quiser desembolsar uma quantia fixa, sem definir prêmios por desempenho, a fatura chega a R$ 1,5 milhão por ano. “Há uma fila de interessados em fazer publicidade com o Neymar”, diz o advogado Lissandro Silva Florêncio, que analisa todos os contratos antes de o jogador assiná-los. “Mas a maioria das propostas é rejeitada por não acrescentar nada à imagem dele.”
Toda a equipe é comandada por Neymar da Silva Santos, que batizou o rebento com o mesmo nome e sobrenome. Ele não desgruda do filho. Não à toa, é chamado, entre amigos, de “mãe de miss”. Embora farto, o dinheiro é administrado com mão de ferro. Neymar pode gastar, para suas despesas pessoais, R$ 15 mil por mês, valor que fica disponível em seus cartões de crédito e débito. Acima disso, precisa consultar o chefe. A maior parte da mesada é desembolsada em restaurantes japoneses e no McDonald’s, compras no shopping Miramar e baladas em casas noturnas e shows de pagode. Mimos mais caros podem ser adquiridos, desde que com a devida autorização paterna. “O Neymar passou um tempão me enchendo o saco porque queria um carro novo”, afirma o pai. “Decidi fazer uma aposta, achando que ele não iria cumprir.” Os dois combinaram o seguinte: se Neymar fosse artilheiro, campeão sul-americano sub-20 e fizesse dois gols na final, ele, que já guiava um Volvo XC60, ganharia um Porsche Panamera turbo. “Depois que ele fez o primeiro gol contra o Uruguai, torci para que parasse por aí”, diz o pai. “Não teve jeito, o moleque fez o segundo gol e ainda tirou um sarro na comemoração.” Basta dar uma espiada no YouTube para confirmar a história: ao marcar pela segunda vez na vitória de 6 a 0 do Brasil sobre o Uruguai, Neymar imita o gesto de um motorista, como se conduzisse um volante de carro imaginário.
Os colegas cometem algumas inconfidências: o craque do Santos, garantem eles, depila as pernas, faz as unhas da mão e do pé e gosta sempre de “perfume exalando”. No quarto de número 22 do Centro de Treinamento Rei Pelé, em Santos, que Neymar divide com o parceiro de time Paulo Henrique Ganso, perfumes espalhados pela cômoda dividem espaço com chocolates, cartas de fãs e um urso de pelúcia. Tênis bom, roupas do momento e relógios – ele tem uma coleção – também são artigos inseparáveis. “No futuro, ele vai colecionar mulheres”, conta um funcionário santista. “A quantidade que ele atrai, muitas delas mais velhas, é impressionante. Outro dia, ele disse que elas gostam de beliscar a bunda dele.” A fama de garoto prodígio o colocou no foco feminino. Na época em que estudava no colégio Lupe Picasso, que frequentou até o segundo ano do ensino médio, Neymar já foi flagrado beijando garotas perto de um dos canais que demarcam a praia de Santos. Quando passou a ter carteira de motorista e a dirigir carros de luxo, seu esquema passou a ser outro. “Ele pegava uma menina num prédio, saía com ela e dali a pouco a trazia de volta”, diz um amigo próximo. “Minutos depois, ele encontrava uma outra garota duas esquinas à frente.”
O pastor Lobato espera em breve ter uma conversa com a ovelha mais valiosa de seu rebanho sobre a paternidade. No dia 8 de maio, horas antes da final do Campeonato Paulista contra o Corinthians, Neymar descobriu que uma de suas conquistas, uma garota de 17 anos de classe média de Santos (com que não mantém um relacionamento estável) estava grávida.“Chorei quando soube que seria pai”, disse Neymar à ISTOÉ. “No começo, senti medo. Depois, alegria.” A mãe de Neymar também foi às lágrimas ao saber da novidade. O pai ficou irritado. “Puxa vida, dei tantos conselhos e ele vacilou”, diz. “Meu filho contou que a camisinha estourou.” Para o pai, o correto seria que o craque, mesmo com preservativo, fosse mais cuidadoso na hora do clímax. Dezesseis dias depois de saber da gravidez, na véspera da semifinal da Taça Libertadores, contra o Cerro Porteño, no Paraguai, a mãe da criança informou Neymar sobre o sexo da criança: um menino. “É uma responsabilidade nova e agora estou curtindo”, diz o craque. “Estamos conversando sobre os nomes, não definimos nada.”
O assunto incomoda o pai de Neymar. “Quem sabe eles amadurecem e vão morar juntos.” Na manhã da quarta-feira 22, ele não conseguia parar de falar sobre o jogo que seria disputado horas mais tarde. “Estou mais ansioso que o time inteiro do Santos”, disse em um escritório na zona sul de São Paulo, enquanto atendia um rosário de ligações de amigos, parentes e pessoal do staff do craque. A conquista do título foi também uma realização para ele. Ex-atacante de times pequenos do interior de São Paulo, Neymar pai jamais brilhou nos gramados. “Se você nunca ouviu falar de mim como jogador, é que devo ter sido ruim mesmo.” Sua vida foi difícil. Atleta peregrino (“jogava três meses aqui, quatro meses ali”), teve a carreira abreviada por uma batida de carro, que deslocou sua bacia e quase o impediu de andar de novo. A tragédia poderia ter sido maior. Aos 4 meses, Neymar estava no banco de trás do automóvel, deitado no banco e nem sequer preso pelo cinto de segurança. O bebê rolou para o assoalho, mas não se machucou. “Foi um milagre ele ter saído ileso”, diz o pai. Neymar parece ser realmente um milagre em todos os sentidos.
Fonte: ISTOÉ
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